segunda-feira, abril 23, 2007
domingo, abril 22, 2007
Comerciais
Outro que acho que vale a pena compartilhar é este da Sanitas, um seguro médico que tem aqui na Espanha. Vi essa propaganda na TV aqui e achei muito bacana. A música ajuda muito e o publicitário teve a idéia de colocar imagens contrárias ao que diz a letra da canção. Aqui está.
terça-feira, abril 17, 2007
É primavera...
quinta-feira, abril 12, 2007
Profissão: jornalista
Sempre que vou a um consultório médico ou fazer um cartão em uma loja de roupa (sim, eu tenho um cartão da Renner e outro da C&A) e perguntam a minha profissão, respondo jornalista. É incrível como as pessoas arregalam os olhos.
- Nossa, jornalista. Que profissão interessante. E onde você trabalha?
- Na Editora Globo.
- Na Globo? Ai, que máximo. Eu adoro a Globo.
- Não, você não entendeu. Eu não trabalho na TV Globo, é na Editora, sabe, aquela que faz revistas.
Não adianta tentar explicar nada, dá na mesma. É incrível como as pessoas vêem glamour no trabalho do jornalista. Eu não vejo a profissão com glamour (e acho que a maioria que trabalha na área concorda comigo), mas a verdade é que, apesar das longas jornadas e dos implacáveis fechamentos, eu gosto de ser jornalista. Já achava isso antes de pedir a licença de um ano para vir estudar na Europa, mas agora que já estou há sete meses longe da redação tenho certeza que escolhi a profissão certa. Alguns vão rir, outros podem pensar que sou louca, mas acreditem, tenho saudade de pensar em pautas, fazer entrevistas, apurar informação e escrever textos. A verdade é que não vejo a hora de retomar meu trabalho. Não imaginava que sentiria tanta falta dele.
Só voltando ao tema do glamour, aqui na Espanha parece que os jornalistas não são vistos com tanta admiração pelas pessoas como no Brasil. Sempre que me perguntam a minha profissão, respondo jornalista e todos dizem: ah. Já o Marcio, quando fala que é designer e que está fazendo um master em animação todos se interessam e começam a fazer perguntas. Aqui, parece que a admiração maior é pela área dele e não pela minha.
sábado, abril 07, 2007
Viagem da Semana Santa
O vôo foi tranqüilo e quando estávamos chegando em Santiago tive que me obrigar a olhar pela janelinha, coisa que não gosto de fazer, porque não sou nada fã de andar de avião. Mas não tinha jeito, a situação era ridícula. Tinha uma menina atrás da gente de uns cinco anos que ficava olhando o tempo todo na janela procurando vaquinhas lá embaixo.
- Mãe, estamos descendo, mas ainda não estou vendo nenhuma vaquinha.
- Olha bem que tem vaquinha.
Só para esclarecer, a Galícia deve ser uma das áreas com mais verde da Espanha e é famosa por suas vacas, polvos (pulpo a la gallega), leite e mais algumas coisas ligadas à natureza.
Com aquela menina daquele tamanho olhando pela janela, procurando vaquinhas e curtindo o avião pousar eu não podia deixar meu medinho me impedir de ver a paisagem, então olhei. O lugar é mesmo bonito. Verde para todos os lados, como todos dizem.
Quando dizíamos para as pessoas que íamos a Galícia todos comentavam:
Nossa, vocês vão comer muito. Lá se come muito bem.
Não era mentira. Devo ter engordado alguns quilos nesta semana. Sabem aquelas avós do interior que acham que gente magra não é lá muito saudável e que é preciso fazer um prato de pedreiro para se alimentar? Pois é. Aqui na Galícia é igual. O bom é que aqui na casa que ficamos eles entenderam que comemos pouco e que isso é suficiente pra gente, mas o que comemos nesta semana foi, sem dúvida, muuuuuita comida.
Para começar, quando saímos do aeroporto às 16h paramos num restaurante. Só nós dois íamos comer, porque o pessoal já tinha comido antes de sair de casa, assim que escolhemos um prato rápido de se fazer.
- Quero churrasco (uma das opções do cardápio).
- Churrasco vai demorar um pouco.
- O que vem mais rápido?
- Polvo e pernil.
- Então dois pratos de polvo a la galega (já que estávamos aqui nada melhor que experimentar um prato típico).
Veio um prato com muito polvo regado a azeite de oliva. Por incrível que pareça (eu não gosto de frutos do mar) estava bom, mas é claro que só consegui comer metade do prato. A comida era pesada, não dava, deixei.
- Menina, mas você não comeu nada - diziam todos.
- Comi sim, já estou satisfeita.
- Você não gostou do polvo? - disse o garçom.
- Gostei, mas é que vem muito.
Claro que ele fez aquela cara de quem não aceitou a desculpa. Ele e todos, mas era verdade. Eu gostei, só que vinha muito. Bom, assim foi a semana toda. Polvo, churrasco, paella, cozido a galega, muita comida. Regime de engorda total. Comprovamos que é verdade que na Galícia se come muito!!
Parte II: A Família
A família do Marcio aqui na Galícia, por parte do pai dele, é grande. Visitamos cinco tios e mais um monte de primos, todos em dois dias. No primeiro dia fomos ver os tios e no segundo, os primos. Como era pouco tempo para muita gente fomos fazendo visita médica, como eles dizem aqui. Quinze minutos em cada casa. É claro que em todas as casas nos falavam para sentar e nos ofereciam alguma coisa para comer. Nada de só um cafezinho. A maioria punha na mesa jamón, queijo, vinho e pão. Uma delícia, mas imagina beliscar jamón em cinco casas numa noite. Bom, comemos muito bem! Além disso todos foram muito legais com a gente, super hospitaleiros.
A Galícia merece a fama de área verde que tem. Tem muita árvore aqui e é tudo muito lindo. Vales cortados por rios e um litoral sensacional. Além de Ourense, a cidade em que eles vivem, que tem uma ponte muito antiga, da época do Império Romano, conhecemos também Lugo, uma cidade construída dentro de uma muralha também na época que o Império Romano dominava o que hoje é a Espanha, Santiago de Compostela, que tem uma catedral enorme, Vigo, cidade litorânea, Baiona, também no litoral e onde está ancorada uma das caravelas que foi para a América com Cristóvão Colombo e voltou para cá, e Valença, já em Portugal. Em Valença chegamos já de noite, então não vimos muita coisa. O engraçado é simplesmente atravessar uma ponte e, de repente, ver tudo escrito em português. Também vimos muitos peregrinos fazendo o Caminho de Santiago. A rota – ou uma delas, dizem que há mais de uma – passava a poucos metros da casa em que estávamos hospedados e assim vimos várias pessoas indo a pé a Santiago, tanto ali como na estrada.